Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pensem

por **Rodrigo Vernaschi** Sáb Fev 28, 2009 7:52 pm

Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pensem

Por R. O. Vernaschi

Sumário

Introdução

Objetivo

1 - Começando (Criando uma idéia de mensagem)

2 – Como implementar a tal idéia (Como jogos influenciam as pessoas)

3 – Considerações finais (Observações e dicas do autor)

Introdução

Muitos makers criam jogos só para se divertirem, outros apenas pra ganhar reconhecimento, alguns para adquirir experiência, mas poucos para mostrar lições.

Objetivo

Mostrar aos makers que eles podem transmitir mensagens legais em seus jogos e não mostrarem apenas brigas e piadas de mau gosto.

1 - Começando (Criando uma idéia de mensagem)

Para esclarecer uma coisa antes: Não pensem que esse tutorial é para sair por aí fazendo jogos bíblicos, e sim para usar uma parte da sua mente que se chama experiência para mostrar algo mais ao jogador além de lutas e piadas.

Primeiro pense em sua história, já postei um tutorial de como fazer isso, mas agora pense em ‘o que quero mostrar para o jogador neste jogo?’ Esta é uma pergunta bastante importante e tem que ser levada a sério por todos quando o assunto é criar jogos melhores.

Mas como assim transmitir algo? A maioria dos filmes de drama sempre mostram lições de vida, como o filme do Ray onde ele, apesar de cego, conseguiu ultrapassar muitas barreiras para conquistar o sucesso que ele teve (me corrijam se estiver errado).

Um jogo também pode servir para isso, mostrar ao jogador que ele não pode ser como o vilão que quis se vingar de alguém, ou que ele nuca deve ceder ao lado negro da força, ou que a paixão pode ser muito grande, mas se não for a pessoa certa, não dará certo. Mas também há como passar mensagens por trás do pano como criar um jogo sobre a Área 51, onde você conta como aquele lugar pode existir. Quem jogar pode pensar que é só mais um jogo sobre monstros, mas você pode estar transmitindo a mensagem de que aquele lugar existe mesmo e é daquele jeito que aquele lugar é.

Coisas assim deixam o jogo mais rico e não como mais um Street Fighter da vida, ou Mortal Kombat onde você vai matando todo mundo até chegar no mestre final para derrotá-lo e ser o mais @#$%# de todos.

2 – Como implementar a tal idéia (Como jogos influenciam as pessoas)

Você pode pensar que um jogo só vai servir para o cara jogar, se viciar e sair por aí invadindo cinemas matando todo mundo, mas opa! Aí está! Para o cara ter feito uma coisa dessas, ele foi muito influenciado por aquele jogo, isso porque ele transmite uma idéia de que invadir cinemas e matar pessoas é bom. Então vemos que um jogo pode influenciar a vida de uma pessoa desde pouco, até muito dependendo da idéia, freqüência e força que ela é passada.

Se você usa seu jogo para desencaminhar alguém, é só falar sobre magia negra, sobre como é bom servir ao Diabo, mas não se esqueça de que alguma pessoa pode ser influenciada por isso e começar a freqüentar seitas satânicas. Sendo assim, você será o responsável por desencaminhar mais uma pessoa do planeta.

‘Mas como?!’, isso pode parecer besteira, mas acontece, pode ser com uma chance de 1 em 1000000, mas acontece, você não pode negar. Pessoas com mentes fracas podem ser facilmente influenciadas por seus jogos, olhe só, porque tem tanto otaku que usa nomes ou apelidos em japonês, ou tenta sempre colocar alguma palavra daquele idioma em suas frases? De tanto assistir animes, ou porque ela decidiu ser otaku numa bela manhã quando acordou? (Lembrando que eu não estou dizendo todos, apenas aqueles que fazem isso!). Este é só um exemplo de como as pessoas são influenciadas, mas eu não estou dizendo que os otakus tem mentes fracas, mas que podem ser influenciadas sim!

Isso acontece não só com jogos, mas com livros também, e isso é um problema! Veja o caso do Harry Poter, muitos gostam, outros adoram, mas poucos (não sei quantos e não estou dizendo todos) são tão influenciados, que começam a praticar magia negra, rituais satânicos, entre outros. Não estou dizendo para não lerem mais nenhum livro do Harry, mas sim para saberem separar o real do fictício, entenderam crianças?

Por isso, saibam como implementar suas idéias boas influenciando os jogadores e as idéias negras, ou ruins, apenas como algo fictício que faz parte do jogo. Não ensine que ser do mau é bom, se alguém disser isso em seu jogo use apenas como parte do jogo e não parte da realidade, mas se o herói diz assim: “Não sejam garotos maus!”, isso sim é um ensinamento que deve ser levado para a realidade, entenderam?

Essa parte é difícil, pois exige uma cobertura, como uma mensagem subliminar, se você quer que seja explícito, é fácil: “Sigam Jesus! Sejam crentes!”, mas tenho certeza que não iria funcionar. Mas se você usa a sua história, fatos e pessoas para explicar como Deus pode ajudá-las em suas vidas, isso mostra o mesmo daquela frase, mas lá o jogador pensa: “Eu não vou virar crente!”, já no segundo caso: “Nossa, será que Deus também pode me ajudar como ajudou eles?”, isso já fica bem melhor e com mais chances de obter sucesso na influência que isso pode gerar.

No final a dica é a seguinte: tome cuidado com seus jogos, pois eles podem influenciar de uma maneira negativa ou positiva, mas sempre tente influenciar, assim seu jogo fica muito mais rico, sua história também, mas pense bem em como quer influenciar as pessoas.

3 – Considerações finais (Observações e dicas do autor)

Makers, escritores, contadores de história, mestres de RPG, pensem! Sempre quando fazemos uma história, pensamos muito, gastamos nosso tempo, então elabore algo que sirva para mexer com o jogador e não apenas deixá-lo excitado, ou furioso. Leve sua história mais a sério, traga aos seus leitores ou jogadores, algo que possa ser útil para alguém.

Como experiência própria, você não vai assistir algo, ou ler algo que não vai te dar nenhum conhecimento (pelo menos eu não). Então faça um jogo nem que seja contando como foi a jornada de Pedro Álvares Cabral, ou como foi a independência do Brasil, ou como foi a sua luta contra algo ou alguém que acabou lhe trazendo mais conhecimento. Pense e faça o jogador pensar! (Essa foi para mexer com os sentimentos hein!)

É isso aí pessoal, espero que tenham gostado e até o próximo tutorial!

por TAXD Sex Jul 17, 2009 2:19 am

Ai está algo que poucos levam em consideração. Geralmente saimos fazendos os jogos por fazer, ninguém pensa no gosto ou opinião de quem vai jogar. Muito bacana PK, excelente tutorial.

por **Rodrigo Vernaschi** Sáb Jul 18, 2009 5:38 pm

É uma pena que poucos dão valor a dicas como essas, mas ainda penso que os makers novatos possam entender como e porque um jogo é feito e só então começarão a fazer jogos melhores.

FUI!!!

por Thi Qui Jul 30, 2009 7:57 pm

Cara lí gostei muito, é isso que sempre pensei //+ nunca fiz =x

Mas não acho que seja necessário fazer com que a pessoa vire "do bem"//eu estou exagerando, ok?

por exemplo, um jogo em que o personagem do jogador é um vilão sangüinário e impiedoso, mas que há uma personagem, do mau também, mas que é amiga do vilão (vc). Diríamos que o jogador se importe com ela. Daí ela morre, e o jogador tería um sentimento de indignação, forçá-lo a dar um gole de remorço ou seja lá o que for.. Se eu conseguisse fazer isso, eu já estaria feito.. entende?

Acho que o mais incrível sería MARCAR o jogador com uma coisa que você criou.
isso eh tdo, flw ^^

por **Rodrigo Vernaschi** Sáb Ago 01, 2009 5:21 pm

Obrigado por opinar Thi, e não é exagero o que você disse, apenas a sua visão quanto ao que eu disse.

Até mais!

FUI!!!

por Conteúdo patrocinado

Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pen

Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pensem

Re: Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pen

Re: Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pen

Re: Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pen

Re: Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pen

Re: Não faça jogos por fazer, faça jogos para que as pessoas pen