Transformar histórias em jogos!

TRANSFORMAR HISTÓRIA EM JOGOS

ÍNDICE
1 - Introdução
2 - Os gregos
3 - Os Nórdicos e os Vikings
4 - Criando a “história” dentro da “história”
5 - Notas Finais
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1 - INTRODUÇÃO

A cultura histórica muitas vezes traz consigo um imenso suporte para projetos de jogos. Mas falar de história não é tão simples assim. O maker deve obter um conhecimento básico sobre o assunto, para não cometer gafes que desmotivem o público que é conhecedor do tema abordado, um exemplo, é o jogo mostrar Julio Cezar em conversa com Alexandre, O Grande, sendo que tem uma grande diferença entre suas épocas. Mas criar um RPG histórico não significa que você não possa envolver aquele toque de criatividade, criando personagens talvez, pois se não fizer isto o seu jogo poderá se tornar uma didática maçante. O exemplo é Tróia, o filme mente em alguns detalhes, mas talvez este seja o segredo de seu sucesso.
Aqui eu irei citar dois povos a qual eu admiro muito, embora outros povos extremamente importantes na história pudessem ser usados.

2 - OS GREGOS

Quantos jogos podem ser feitos, narrando as aventuras de heróis e deuses gregos. Para isto o maker deve ser portador de uma cultura básica sobre o assunto, pois a responsabilidade deste sobre o jogador é algo muito importante, pois, a informação dada através de seu jogo pode tornar-se a verdade do jogador.

Quem gostaria de informar-se sobre este assunto eu sugiro estes livros. Pois se acredita que assistir os Cavaleiros do Zodíaco, já é o suficiente, pode equivocar-se (embora o CdZ ensine muito).

- A Ilíada – de Homero (Em verso é um tédio, leiam em proza) OBS. Lembram de Tróia, pois é este livro possui a verdade que foi consideravelmente distorcida pelo filme!

- Deuses e Heróis do Olimpo – De Robert Graves, tradução de Bárbara Heliodora. (1992).

- O Pequeno Livro dos Deuses Olímpicos – De Profº. Paulina Nólibus – Universidade Luterana do Brasil (ULBRA-RS).

3 - OS NÓRDICOS e os VÍKINGS

Nórdicos e Vikings não são a mesma coisa, os conhecidos como nórdicos são os povos escandinavos (vindos do norte da Europa), com cultura guerreira e politeísta, tendo como principal deus Odin, pai de Thor. Vikings são os hábeis navegadores desta terra que por anos invadiam e saqueavam diversos povos europeus. O meu estudo sobre este povo (que eu admiro muito) me levou a resposta de que o nome Viking, deriva dos Vyks, estreitos rios nórdicos que dariam acesso ao mar do norte, sendo assim usados como via para as invasões a Europa mediterrânea, supõe-se que os saqueadores nórdicos teriam vindo desta região.
Aqui vão os meus livros prediletos sobre o assunto.

- Devoradores de Mortos (o 13°Guerreiro) – De Ahmad Ibn Fadlan (922 d.C.)
OBS. Este livro é o mais antigo relato da existência do povo nórdico, e por ser escrito por um árabe, torna-se livre do preconceito europeu que chamavam todos os nórdicos de bárbaros.

- Angus – de Orlando Paes Filho.
OBS. Esta na verdade é uma saga, dividida em diversos livros. É uma ficção, que narra a trajetória de um herói escocês através de uma Europa cheia de ocultismos. Muitos livros de RPG foram feitos a partir desta saga, escritos pelo próprio Orlando, brasileiro.

4 - CRIANDO A “HISTÓRIA” DENTRO DA “HISTÓRIA”

Como eu já citei criar um RPG histórico não significa que você não possa envolver o seu toque de criatividade. Para isso siga estas dicas.

4.1 – Pontos Relevantes
O que pode ser considerado relevante em um RPG de base histórica é tudo aquilo que não irá interferir de forma grotesca na história que conhecemos hoje. Alguns atos podem ser mudados, mas não o resultado principal deles.

Personagens próprios – Você pode criar um personagem principal, por exemplo, mas deve lembrar que no final das coisas ele não pode influenciar de maneira significativa a história que conhecemos hoje (por mais que esta pode não ser a certa). É sempre interessante utilizar os furos históricos, as lacunas.

Reinos perdidos – Uma vez que uma terra foi submersa a mais de mil anos, é quase impossível para os arqueólogos encontrá-la. Lendas de terras submersas, como Pompéia, são alvos de pesquisas até hoje. Quem sabe a sua também seja.

Reinos medievais – A Inglaterra medieval subdividiu-se em diversos ducados, condados, e baronatos, muitos deles não têm relatos históricos, que sabe você possua um documento único!

4.2 – Pontos Irrelevantes
Será irrelevante tudo o que você mudar ou ocultar na história, que tenha uma influência direta sobre a história conhecida. Não se pode contar a vida de Hércules (não é uma história real, mas um mito histórico parte de uma cultura real) sem citar que este é filho de Zeus, ou dizer que é filho de outro deus.

5 – NOTAS FINAIS
Lembre-se que a ficção tem seu charme e seus objetivos, mas se você valoriza a cultura, deve saber lidar com ela e assim poder transmiti-la para os outros. E em nosso caso, isto cai bem ao nosso entretenimento como maker. TRANSMITAM CULTURA!

Está à disposição o meu e-mail para quem quiser trocar idéias fora do fórum.



OBRIGADO!

maicon.adilson@yahoo.com.br

Olá caro amigo Wei!

Belo tópico! Aprendi bastante com seu texto, é muito bom ver tutoriais assim que ajudam os makers a desenvolver histórias melhores.

Parabéns!

FUI!!!