[História Finalizada]O Mistério de Grethwood
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[História Finalizada]O Mistério de Grethwood
História finalizada! 11/07/09
Eis aqui minha mais nova obra, baseada em Resident Evil 2 mais precisamente.
Capítulo 1 – O Início do Pesadelo.
Capítulo 2 – A Procura
Continua...
Eis aqui minha mais nova obra, baseada em Resident Evil 2 mais precisamente.
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O Mistério de Grethwood
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O Mistério de Grethwood
Capítulo 1 – O Início do Pesadelo.
- Spoiler:
- 19/11/1997 - Grethwood – O Dia da evacuação.
Engraçado, hoje estive pensando o que escrever no meu diário. Nada de importante aconteceu durante o dia, e também, não gosto muito da idéia de escrever um diário, mas a terapeuta recomendou, então acho que devo seguir suas recomendações.
Ao entardecer liguei a TV buscando algo de interessante para ver, do nada ouvi barulhos de carros em alta velocidade lá fora, achei estranho e quando parei para ver o que acontecia lá, muitas pessoas corriam como se estivessem tentando escapar de algo. Seis e vinte da noite é hora do noticiário, coloquei logo antes que esquecesse, veio a notícia, o jornalista dizia: “Preparem-se todos e saiam da cidade até às dez horas da noite. Há uma suspeita grande de uma epidemia mortal que pode atingir toda cidade.” É claro que entrei em pânico, chamei minha mulher e mostrei o que acontecia, ela ficou chocada, correu para o quarto e começou a preparar nossa bagagem, eu peguei minha arma, meu colete, vesti meu uniforme de policial e fui até a delegacia mais próxima. Disse a Ana que voltaria logo e pedi que ainda não dissesse nada para nossa filha, Amanda.
Quando cheguei à delegacia mais próxima, a três quarteirões de casa, me deparei com um caos. Pessoas não sabiam o que fazer, estavam desesperadas, enquanto outras choravam a perda de familiares, não sei porque, mas estavam. Naquela hora percebi que tinha algo muito bom para escrever no meu diário, se até lá sobrevivesse. Mas voltando, conversei com o chefe Deguer, um nome estranho que nunca ouvi ele reclamando, e ele me disse que não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas que eu deveria ir para a sala de interrogação, eu não podia imaginar o que estaria lá dentro, ainda perguntei o porque, mas ele apenas disse novamente que devia.
Fui chegando perto da sala de interrogação, por incrível que se pareça, estava realmente difícil passar por toda aquela gente desesperada, então vi Ronald, um velho amigo que sempre me tirou das enrascadas, que me disse para tomar muito cuidado ao entrar, até lá já estava cansado de tanto suspense, o suor era intenso, de medo. Percebi sangue nos vidros da sala e também percebi que não queriam civis perto daquele lugar, já que estava sem ninguém por perto. Quando entrei na sala fiquei chocado, levei um susto, havia corpos para todos os lados, não sabia o que fazer, o som da minha voz não saía, eu queria, mas não saía. Ronald veio ao meu lado e disse:
- Parecem mortos não?
- Nunca vi algo assim... – A voz finalmente saiu.
- Quietos, parados, imóveis, mas apenas esperando.
- Esperando o que? Estão mortos! – Pelo menos era o que parecia.
- Observe bem e veja se realmente estão.
Olhei atentamente para um deles, seus olhos estavam brancos como a neve, seu corpo todo ensanguentado, faltando partes, braços, alguns pernas, enfim, desfigurados. Um horror!
Um deles parecia olhar para mim, parado, apenas observando. Quando comecei a me concentrar no seu olhar, ele piscou. Dei um pulo, Ronald começou a rir e disse:
- E agora? Parecem mortos?
- O que aconteceu com ele? – Eu disse, muito assustado.
- Eu não sei, mas posso te dizer que só se mata um deles com um tiro na cabeça.
- Não é possível! O que aconteceu com eles? Preciso tirar minha família daqui, agora!
- Olivera, te dou um conselho: olhe bem por onde anda, há muitos deles pelas ruas, eles são resultado da tal epidemia. Mas há uma dica também, são lentos, mas podem oferecer grande risco, e não se esqueça! Atire na cabeça. Eles matam qualquer um, seja uma criança, um velho ou um animal. São muito perigosos, por isso estamos capturando-os e prendendo aqui.
- Mas na sala de interrogatório?
- Já está superlotado lá embaixo nas celas.
Eu precisava agir, não podia deixar aquelas coisas pegarem minha família, minha única família.
Peguei meu carro e fui em alta velocidade (agora sabia o porque dos carros estarem tão rápidos) direto para casa. Não me importava com sinais ou velocidade, apenas com minha família, minha pequena filha, minha amada mulher; a vida delas estava em risco.
Liguei o rádio do carro, eles diziam que as ruas estavam cheias de mortos-vivos, e era o que eu mais via no caminho. Demorei porque tive que dar uma enorme volta pela cidade, pois as ruas estavam paradas. Chegou um momento que tive de abandonar o carro e seguir a pé para casa.
Quando cheguei ao meu destino, as luzes de casa estavam todas apagadas, a porta estava trancada e o carro de Ana não estava mais na garagem. Naquela hora tive a sensação de estar num pesadelo interminável, querendo acordar o mais rápido possível. Onde estava minha família? Onde estava Ana? Perdida? Ou já haviam saído da cidade? E a minha pequenina? Vivendo um pesadelo, assim como eu, pelo menos era o que dava para imaginar. Grethwood virava cenário de morte e desespero...
Capítulo 2 – A Procura
- Spoiler:
- 20/11/1997 – Grethwood – O dia da verdade.
Já em casa me preparei com tudo o que podia levar, quando percebi, já passava de uma da manhã, por isso, quem saiu teve sorte, quem ficou estava preso assim como eu. A muito tempo ouvi falar que a cidade tinha uma espécie de muro que a cercava, mas que só era acionado em caso de um perigo muito grande, eu nunca entendi porque que cidade teria um muro para se defender de algum perigo. Poderia ter exércitos, essas coisas, mas não um muro. Até parece que eles já previam este ataque.
Peguei tudo o que havia preparado, pus numa mala enorme e saí de casa com uma pistola na mão, sem um plano em mente e com uma dúvida que me perturbava e que me movia. Ando com um velho mp3 sempre ouvindo o rádio para saber de novas notícias, e ouvi dizer que havia sobreviventes escondidos em abrigos, inclusive o mais seguro deles que ficava no departamento de polícia da cidade, mas acho que até aquela hora já haviam sido atacados. Mesmo assim estava indo diretamente para lá, queria além de salvar minha família, desvendar estes segredos, mas também sabia que isso seria mais perigoso do que enfrentar estas criaturas.
Dizem no rádio que podem ser experiências do governo, outros fanáticos dizem ser forças alienígenas, eu não sei em que acredito, mas sei que há algo muito grande por trás disso. Mas enquanto não sabia de nada, fui chegando no departamento, até lá já tinha matado mais de cinco zumbis (achei melhor chamá-los desse jeito).
As ruas estavam bastante destruídas e pareciam ficar cada vez piores, cheguei a encontrar sobreviventes mas já estavam mordidos (dizem no rádio que isso é contagioso), não sei como ainda não acabou minha pilha do mp3, achei melhor desligá-lo, se caso precisasse depois.
Fui entrando no departamento policial, estava tudo escuro do lado de fora, mas dava para perceber que dentro estava bem iluminado. Entrei com cuidado e já me deparei com três pistolas apontadas para minha cabeça, era Ronald, Deguer e Jason, todos haviam se refugiado naquele local.
- Fiquem calmos, não estou infectado.
- Olivera! Graças a Deus, pensei que não lhe veria mais. – disse Ronald, era um cara alto, moreno e aparentemente com cara de mau (aparentemente), ele sempre foi meu camarada.
- Pensamos que fosse um deles. – Deguer disse enquanto abaixava a pistola.
- Onde está sua família? – Jason me deu o início de uma notícia ruim.
- Pensei que ele pudesse estar aqui.
- Me desculpe camarada, mas já conferimos cada sobrevivente da delegacia e nenhum deles é Ana ou Amanda. Sinto muito – Ronald terminou de dar a má notícia.
Logo pensei: “Vou sair daqui e ir direto para o próximo abrigo que encontrar”. Mas já era tarde, ouvimos um grande barulho vindo do lado de fora, eram os zumbis, mas desta vez eram muitos, muitos mesmo. Não tínhamos outra alternativa senão ficar lá dentro e encontrar outra saída, aí eu fiquei mais nervoso ainda. Pensei em ligar para o celular de Ana, até que me veio a idéia de ligar para os parentes dela, assim saberia de alguma notícia dela. Em vão, não havia sinal, tudo parecia dar errado, minha paciência estava quase acabada. Ronald tentava me consolar, mas não havia nada que me deixasse melhor além de encontrá-las.
Resolvi então tomar uma iniciativa, fui até a sala de controle, peguei o mapa do prédio e comecei a analisá-los. Formei um plano para sair pelo subterrâneo, assim daria de cara com o próximo abrigo subterrâneo que ficava perto do cemitério duas quadras depois dali. Chamei Ronald e os outros, mostrei meu plano e pedi ajuda a eles. Fomos então direto para o elevador, mas estava quebrado, fomos para as escadas, descemos até o primeiro andar subterrâneo. Lá encontramos os sobreviventes, fizemos dois grupos e seguimos em direção das instalações subterrâneas que levavam para várias partes da cidade, mas o caminho estava infestado de zumbis que entraram naquele lugar de algum modo que não podia imaginar.
Chegamos no último andar abaixo da terra e começamos a passar pela tubulação de esgoto seguindo o mapa que levava-nos ao nosso destino. Após uma hora de caminhada, ficamos abaixo de um abrigo da cidade, subimos e mais uma vez tive uma má notícia, nenhuma delas estava lá. A minha determinação não acabou, pedi aos dois que me acompanhavam para ficar e cuidar dos sobreviventes, os dois grupos ficaram lá; enquanto isso, eu e Ronald nos preparávamos para ir ao último abrigo da cidade, ele ficava perto de uma escola no sul da cidade, seria difícil passar por todos os zumbis, mas era isso ou nada.
Ronald e eu então partimos para tentar encontrá-las, estava tudo muito escuro, mas logo já iria amanhecer, eram quatro da manhã. Passamos por casas onde ouvíamos gritos, outros lugares dava-se para ouvir tiros, eram corpos espalhados por toda a rua, parecia o Inferno na Terra. Depois de quinze minutos, estávamos num posto de gasolina quando percebi algo muito estranho, aquelas criaturas eram assustadoras, mas a que vi era pior ainda. Seu corpo era enorme, peludo, dentes enormes, parecia um lobisomem, mas era pior ainda. Logo saquei minha pistola, aquela coisa veio atrás de nós, então percebi que havia esquecido minha mala de armas no abrigo que paramos. Ronald e eu atiramos até acabar nossas primeiras munições, mas a criatura não morria! Corremos e conseguimos nos esconder, foi tempo suficiente apenas para recarregarmos nossas armas, pois o monstro estava na nossa cola o tempo inteiro, ele chegou até a atingir Ronald com suas garras, mas nós continuamos atirando até que ele caiu morto.
Continuamos correndo até chegar no nosso destino, o último abrigo da cidade. Lá tive minha última má notícia da madrugada, nenhum sinal delas. Aí sim eu desisti, mas algo veio de dentro do meu coração dizendo: “Ligue o rádio”, parecia até besteira, mas naquele ponto eu não tinha mais o que fazer mesmo. Liguei o rádio e fiquei escutando, até que ouvi:
- Estamos aqui com duas sobreviventes da cidade de Grethwood. Ana, pode nos contar como foi escapar de lá?
Meu Deus, eu pulei de alegria como nunca! Meus amores estavam salvos! Finalmente, então continuei escutando.
- A cidade estava infestada de criaturas, não deu para perceber bem o que estava acontecendo, apenas peguei minha filha e fui direto para a saída mais próxima. Espero que meu marido esteja bem.
- Muito obrigada pela sua presença aqui Ana e boa sorte para seu marido! Logo, mais notícias sobre o desastre em Grethwood.
Finalmente uma notícia boa para mim. Agora já estava bem mais aliviado, Ronald ainda estava ferido, eu sabia agora que minha família estava bem, contei para Ronald, ele sorriu, mas a dor que sentia não deixava ele ficar feliz. Ele tinha sido ferido por minha causa, eu pedi que ele fosse comigo, então era minha responsabilidade ajudá-lo. Sabia que tinha que haver alguma cura para aquilo, mas que só encontraria em um lugar: o laboratório da Grethwood Lab, uma empresa que já havia sido acusada de experiências genéticas sem autorização do governo, espionagem e uso de cobaias humanas em projetos não autorizados. Era tudo o que eu queria saber! Tudo se encaixava, toda aquela “epidemia” só podia ter algo a ver com a GL. Prometi ao Ronald que iria trazer uma cura para aquela ferida que não parava de aumentar.
Continua...
Rodrigo Vernaschi- Administrador
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Re: [História Finalizada]O Mistério de Grethwood
Capítulo 3 – Laboratório – Parte 1
Capítulo 4 – Laboratório - Parte 2 - Encontros
Continua...
- Spoiler:
- 20/11/1997 – O Dia da Verdade
Eram
cinco horas da manhã, eu estava descansado (depois de escrever muita
coisa no meu diário) e preparado para continuar sobrevivendo naquela
cidade. Ronald estava muito mal, quase não conseguia se mexer. De
repente Jason e Deguer nos encontram no abrigo. Eles estavam bem, Jason
disse:
- Cara, seja lá o que aconteceu nessa cidade eu só quero poder escapar.
- Ouvimos sua mulher no rádio, Olivera. Sorte sua ela estar viva – disse Deguer sentando no chão do lugar.
-
Estive pensando nessa última hora que vou até o laboratório da
Grethwood Lab, preciso encontrar respostas e uma cura para Ronald –
Peguei minha pistola e me preparei para ir.
- Vamos com você, Olivera. Somos uma equipe e não podemos te abandonar – disse Deguer com a mão direita no meu ombro.
-
Mas você deve sair daqui, Deguer. Se eu estiver certo, lá é o centro de
toda essa epidemia, lá devem existir apenas as piores experiências que
foram criadas.
- Pior do que isso não pode ficar.
- Mas e você Jason? Você não quer ir embora?
- Querer eu quero, mas tenho o dever de ajudar meus companheiros.
- Mas e os sobreviventes?
-
Façamos o seguinte – disse Deguer. – Eu levo os sobreviventes para a
estação policial subterrânea. Lá tem uma saída para fora da cidade,
meus superiores disseram que seria fechada hoje às três horas da tarde,
por isso se apressem se não quiserem escalar um muro de trinta metros
para sair da cidade.
- Tudo bem. Jason, você fica de olho nos arredores porque eu estarei levando o Robert e não poderei ajudar muito em combate.
- Pode deixar!
O
jeito foi levar Ronald nos braços. Seria difícil, mas por sorte, o
laboratório não ficava muito distante de onde estávamos. Passamos por
várias esquinas, mas percebemos que os zumbis tinham diminuído, ou pelo
menos não estavam no mesmo caminho que nós. Andamos até chegar num
prédio sem nome, era grande. Entramos e foi aí que eu percebi que era o
laboratório. Tinha um corredor que dava direto numa grande porta de
ferro com travas eletrônicas; por sorte estava aberta, mas não aberta
normalmente e sim forçada por algo que saiu lá de dentro. Entramos, eu
fui na frente, mesmo com Ronald nos braços, até que chegamos a uma sala
oval, bem grande e totalmente vazia, mas toda ensanguentada.
- O deve ser este lugar – disse Jason olhando em volta.
Havia
um computador no centro da sala, certamente seria usado para abrir
alguma passagem. Coloquei Ronald encostado na parede da sala, pedi que
Jason ficasse ao seu lado e então comecei a vasculhar o computador.
Conseguir destravar algumas portas sem saber quais eram até que abri
uma passagem à frente na parede da sala.
- Jason, fique aqui com Ronald. Eu vou entrar.
- Como assim? Eu tenho que ir também!
- E se Ronald for atacado? Fique aí e pare de choramingar. Eu tenho que assumir essa responsabilidade sozinho.
-
Você está louco! Pelo menos leve esta lanterna – jogou uma lanterna
para mim. Seria muito útil, já que eu não podia enxergar nada dentro
daquela passagem.
Preparei minha pistola, mirei, coloquei a lanterna
logo abaixo da pistola e fui em frente. Estava tudo escuro e piscando
ao mesmo tempo. A iluminação estava prejudicada, somente alguns flashes
davam uma iluminação melhor que minha lanterna. Fui andando sem saber
por onde exatamente estava indo até que cheguei numa grande sala cheia
de computadores e equipamentos eletrônicos bem avançados; era a sala de
controle. Mexi em alguns aparelhos e a iluminação voltou ao normal, mas
tive uma péssima visão nos monitores de vigilância: corredores cheios
de zumbis. Agora sim eu soube quais eram as portas que abri.
Olhei
para trás e vi um vulto negro saindo da sala. Corri atrás dele, mas não
havia ninguém nos corredores, eu poderia dizer que ele tinha fugido
para alguma sala, mas o corredor era imenso e só havia aquela sala em
todo ele. Achei estranho, mas já estava acostumado em ver coisas
estranhas nos últimos dias.
Fui em frente depois de pegar o mapa do
laboratório na sala onde eu estava. Decidi que iria até a sala de
pesquisas que ficava dois andares abaixo, mas sabia que teria de
enfrentar muitos zumbis, então decidi ir pelo sistema de ventilação,
assim era até mais rápido. No caminho ouvi os zumbis que estavam abaixo
de mim, nenhum deles parecia saber que eu estava lá, pois não tentavam
me atacar.
Já tinha passado um bom tempinho quando percebi que o
sistema de ventilação ia descer um longo caminho e eu não estava a fim
de descer tudo aquilo por ali. Parei para escutar e percebi que não
havia ninguém por perto, mas foi apenas impressão. Quando quebrei a
placa em do meu lado e caí no chão, estava num corredor infestado de
zumbis atrás de mim, eles não faziam barulho, pois estavam quase
“dormindo”, se é que eles dormem. Mesmo assim eles perceberam minha
presença, ou então sentiram cheiro de carne fresca e vieram atrás de
mim. O problema é que estes corriam como animais, alguns até usando as
mãos como se fossem cachorros atrás de comida. Foi uma longa corrida
até que entrei numa sala com portas bem grossas e as fechei usando as
travas elétricas. O problema seria voltar.
Dentro da sala eu senti
algo muito estranho dentro de mim e desmaiei. Quando acordei, Jason
estava do meu lado tentando me acordar com um enorme grito.
- Olivera!
- Caramba Jason! Seria mais fácil eu ficar surdo do que acordar.
- Desculpe cara, mas é que eu estou desesperado.
- Desesperado por quê? Onde está o Ronald?
- Esse é o problema, cara. Ele virou um monstro!
- Ronald? Um zumbi!
- Cara, se fosse um zumbi seria até fácil lidar com ele, mas o problema é que ele se tornou algo muito pior.
- Como assim pior?
-
Enquanto você estava aqui dentro, nós estávamos lá quietos. Ronald
parecia dormir, até que abri seus olhos e percebi que na verdade, ele
estava se transformando. Seus olhos estavam pretos, seu rosto estava
ficando cada vez mais branco. Suas costas emitiam um barulho estranho,
quando percebi, algo estava saindo das costas dele, pareciam dois
braços enormes com garras. Eram finos, mas chegavam a ter metade do
tamanho dele. Tentei fugir, mas antes que pudesse sair da sala, Ronald
estava na minha frente olhando para mim com aquele olhar negro. Não
tive escolha senão atirar nele. Só assim tive tempo de fugir enquanto
ele se recompunha e levantava.
- Não pode ser. E agora?
- Não sei, cara, mas eu tenho uma leve impressão de que ele nos achará em breve.
- E como você chegou até aqui?
-
Tentei te procurar, mas não via você em lugar algum, então parei para
pensar e percebi que o sistema de ventilação estava avariado, como se
algo tivesse passado por lá. Foi aí que pensei “ele deve ter vindo por
aqui para fugir de futuros problemas”.
- Mas como você pode ver, não adiantou muita coisa.
Naquela hora tudo o que eu queria era apenas fugir. Não me importava com mais nada além disso.
Quando
me dei conta, estava na sala de arquivos do laboratório. Eu tinha todas
as informações que eu queria no alcance das minhas mãos. Peguei somente
aquilo que estava relacionado com vírus e experiências genéticas,
guardei tudo junto no fim do meu diário, afinal, precisava de provas e
não iria ler tudo aquilo naquele momento. Jason me pressionou para que
fossemos embora daquela sala, eu ainda estava guardando algumas folhas
quando percebi que a porta estava sendo atacada por algo muito forte,
deduzi que fosse Ronald, então peguei meu diário e fugi com Jason.
Estava
tudo ruim até aquele momento, mas ainda viriam muito mais problemas.
Ainda bem que tive tempo para escrever essas folhas, mas na sala onde
estou, meu tempo está acabando. Continuarei depois.
Capítulo 4 – Laboratório - Parte 2 - Encontros
- Spoiler:
- 20/11/1997 – O Dia da Verdade
Finalmente arranjei mais um tempo para escrever!
Depois
que saí da sala de arquivos do laboratório, Jason e eu andamos por um
pequeno corredor que conduzia-nos até uma curva à direita. Quando
viramos o corredor tivemos uma surpresa: mais um sobrevivente. Seu nome
era Craig Jones, um, segundo ele, policial infiltrado que estava
investigando a GL e que acabou ficando preso no laboratório de alguma
forma. Mal nos conhecemos e Craig deu sua primeira má notícia: desde
que entramos no laboratório tivemos contato com o vírus através do ar,
todos estávamos infectados e Jones estava justamente procurando a cura,
se é que existia uma. Ele disse ter lido um arquivo que falava sobre o
antivírus que poderia nos salvar, mas ele não sabia onde estava
exatamente.
Jason e eu ficamos bastante preocupados com nossa
situação, quase chegamos ao desespero, mas Jones nos mostrou um mapa
que ele havia pegado e através dele podemos ver a localização da sala
que haveria a suposta cura. Jones nos avisou que haviam muitos lugares
bloqueados e que poderíamos ficar presos ou perdidos pelos corredores.
Naquele momento teríamos que descer até o último andar subterrâneo, já
estávamos no primeiro então teríamos que descer mais três andares. Uma
aventura e tanto.
Por sorte Jones marcou no mapa os lugares
bloqueados, então prosseguimos por rotas alternativas até que chegamos
ao segundo nível subterrâneo. Lá paramos numa sala por um tempo para
descansarmos, já era noite e o sono começou a nos incomodar. Para
espantar o sono que já havia atingido Jones e Jason, eu comecei a
escrever mais um pouco no meu diário até que me lembrei dos arquivos
que havia pegado naquela sala. Abri a pasta que havia guardado e peguei
um arquivo que registrava experiências feitas com aquele vírus. Ele
dizia:
“Relatório de pesquisas e experiências sobre o TG-21 (O Vírus).
17/04/1996
– Começamos as primeiras pesquisas sobre o TG-01, adquirimos material
suficiente para começarmos as primeiras experiências em laboratório.
29/04/1996 – Adquirimos um bom avanço nos experimentos. Conseguimos reanimar um camundongo que estava morto há três dias.
30/04/1996
– O camundongo reanimado apresentou forte rejeição à ração oferecida.
Depois de alguns testes constatamos que ele só comia carne. Isso nos
deixou bastante intrigados.
(...)
04/06/1997 – Depois de
testes com animais iniciamos nossas experiências com seres humanos.
Fizemos a reanimação de uma jovem menina. Os outros animais tiveram a
mesma reação dos camundongos.
05/06/1997 – A menina reanimada
apresentou forte aumento em sua massa muscular. Fizemos contato com ela
usando dois cientistas, ela reagiu atacando-os tentando mordê-los. Os
seguranças mataram-na e os cientistas sobreviveram sem nenhum ferimento.
15/07/1997
– O experimento D-42 teve uma forte mudança em seus aspectos físicos e
mentais. Tinha corpo humano, mas sofreu tamanhas alterações que agora
pode ter chamado de lobisomem. Ficou preso numa enorme jaula, mas
tememos que ele possa escapar a qualquer momento. Deixamos os
seguranças preparados com vacinas de TH-51.
(...)
18/11/1997
– Três experimentos escaparam de suas jaulas hoje às 13hrs. Eram eles:
D-42; C-34 e C-35. Foram vistos pela cidade pelos nossos seguranças.
19/11/1997
– O vírus TG-21 foi espalhado pelo duto de ventilação em nosso
laboratório. Poucas pessoas escaparam das instalações e acabaram
infectando outras pessoas da cidade. Pouco tempo depois a cidade estava
lacrada. Após duas horas de silêncio entre os mortos, eles se
levantaram e começaram a vagar pelas instalações.
Meu nome é Phill, no momento que escrevi esta mensagem eu também estava infectado e por pouco eu não consigo terminá-la.”
Depois
de ler este arquivo comecei a entender melhor algumas coisas e
responder algumas de minhas próprias dúvidas. Estava torcendo para que
desse tudo certo e que pudesse sair Dalí, mas a esperança estava cada
vez mais longe. Jason viu zumbis se aproximando no fim do corredor
então fomos embora antes que fossemos vistos.
Continua...
Rodrigo Vernaschi- Administrador
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Re: [História Finalizada]O Mistério de Grethwood
Capítulo 5 - Tudo chega a um final
EM BREVE: GRETHWOOD - THE SECRET FILES
Desculpem o Triple-post, mas não coube tudo em um post só.
FUI!
- Spoiler:
- 21/11/1997 – A minha esperança morre
Estávamos
descendo a escada que dá acesso ao terceiro nível do laboratório quando
ouvimos um aviso do sistema de segurança: “Dentro de trinta minutos o
laboratório se autodestruirá”. Andamos o mais depressa que podíamos, de
repente ouvimos os passos rápidos de Ronald se aproximando. Jason deu
alguns tiros para trás, mas não adiantou muita coisa. Atingiu um duto
de ventilação que bloqueou o caminho por alguns momentos até que Ronald
os destruísse e continuasse nos perseguindo.
Atingimos o terceiro
nível, despistamos Ronald por alguns momentos que usamos para rever o
mapa e decidir por onde ir. Agora não tínhamos uma rota alternativa,
pois ninguém tinha chegado até ali para marcar o mapa com os lugares
bloqueados. Ronald nos achou novamente e continuamos fugindo. Ele tinha
se tornado um monstro enorme. Tinha pernas muito grossas, os braços
eram grandes, mas não havia nada de tão especial. Seu rosto estava
dividido entre a face de olhos vermelhos e dentes pontudos e a face
humana que lutava contra si próprio. Suas duas mãos que saíram das
costas eram quase do seu tamanho, sendo que vinham das costas, passavam
por cima da cabeça e se inclinavam até que atingissem quase a cintura.
Eram finas, mas tinham garras poderosas.
Por sorte não haviam muitos
caminhos bloqueados e acabamos confundindo a cabeça de Ronald
deixando-o para trás. Pelas minhas contas, tínhamos pouco mais de
quinze minutos para escaparmos de lá, sendo que ainda estávamos atrás
da cura.
Atingimos o quarto nível subterrâneo e lá fomos direto para
a sala que Craig nos apontou. Na sala encontramos sobre a mesa duas
maletas, ambas com inscrições nelas. Uma era TG-21 e a outra TH-51.
Pegamos as duas e agora tínhamos aproximadamente dez minutos para
sairmos. Não era tempo suficiente para voltarmos por todo aquele
caminho, mas a sorte estava do nosso lado, ou pelo menos parecia. No
fim da sala havia um elevador que estava funcionando com a força de
emergência, com ele poderíamos subir até o primeiro andar e sair
daquele lugar, mas a sorte não estava do meu lado.
Ronald apareceu
na sala quebrando a parede que estava na nossa direção. Ele parou e
olhou para mim, eu disse comigo mesmo: “se subirmos ele vem atrás de
nós, se ficarmos, morreremos na explosão ou seremos despedaçados pelo
Ronald”. Não tive outra opção, chamei Jason e Craig, entramos
rapidamente no elevador e antes que a porta se fechasse, eu pulei para
fora, eles tentaram me pegar de volta, mas já era tarde demais. Só pude
dizer:
- Sou eu quem ele quer! Subam se não quiserem morrer aqui mesmo.
Eles
gritaram, bateram contra o vidro do elevador, mas era tarde demais, já
tinham passado daquele nível. Eu fiquei lá encarando Ronald até que
disse:
- Se sou eu quem você quer, venha me pegar!
Saí correndo,
despistei-o antes que me atingisse e saí da sala. Corri o máximo que
pude, fiquem dando círculos para ganhar tempo até que Ronald apareceu
na minha frente e não pude fazer mais nada. Ele tentou me atingir com
as mãos enormes, mas eu escapei dos ataques. Atirei até que não
restasse mais munição e então Ronald rugiu tão intensamente que fiquei
surpreso e com muito medo. De repente ele olhou para mim e disse com
uma voz tremida e meio rouca:
- Fuja Olivera! Eu não poderei me controlar mais tempo.
Consegui
fugir para o terceiro nível novamente, faltava pelo menos dois minutos
para a detonação. Tive tempo somente para escrever isso, agora falta
exatamente um minuto para a detonação. Durante todo esse tempo escrevi
este diário com a intenção de que alguém o lesse, uma pena que não
poderei entregar a alguém pessoalmente, mas vou colocá-lo numa pequena
câmara de um vidro muito resistente. Esconderei e espero que no meio
dos escombros alguém possa achá-lo.
A minha família um adeus, a
minha mulher um beijo no fundo do coração, a minha filha somente posso
te dizer que estarei sempre perto de você.
Adeus...
“Olivera
escondeu seu diário e morreu com a esperança de que alguém o lesse.
Agora o que aconteceu com Jason e Craig, Grethwood e seus
sobreviventes, somente a segunda parte da história contará.”
EM BREVE: GRETHWOOD - THE SECRET FILES
Desculpem o Triple-post, mas não coube tudo em um post só.
FUI!
Rodrigo Vernaschi- Administrador
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Re: [História Finalizada]O Mistério de Grethwood
Rodrigo, n tem como mudar isso nao?
Não tem como aumentar o numero de caracteres do forum nao?
mas sobre a historia, já li antes, realmente muito boa, lendo-a peguei alguns macetes pra poder escrever melhor, mas fique sabendo q n roubei o seu estilo!
Estou cada vez mais impressionados com os seus livros, principalmente o da vampira (disculpa não guardar o nome!!)
flw!
Não tem como aumentar o numero de caracteres do forum nao?
mas sobre a historia, já li antes, realmente muito boa, lendo-a peguei alguns macetes pra poder escrever melhor, mas fique sabendo q n roubei o seu estilo!
Estou cada vez mais impressionados com os seus livros, principalmente o da vampira (disculpa não guardar o nome!!)
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Memories- Iniciante
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Re: [História Finalizada]O Mistério de Grethwood
Vamos por partes, caro Memories:
Infelizmente não há como aumentar o limite de caracteres, está escrito no fórum de ajuda que há sim um limite, muito pequeno na minha opinião.
Bom saber que está aprendendo comigo! Espero aprender com você também,
Ah, não se preocupe, o nome do meu livro é grande mesmo. Difícil de decorar: O Brilho do Sol Em Um Coração Escuro.
Até mais caro amigo!
FUI!!!
Infelizmente não há como aumentar o limite de caracteres, está escrito no fórum de ajuda que há sim um limite, muito pequeno na minha opinião.
Bom saber que está aprendendo comigo! Espero aprender com você também,
Ah, não se preocupe, o nome do meu livro é grande mesmo. Difícil de decorar: O Brilho do Sol Em Um Coração Escuro.
Até mais caro amigo!
FUI!!!
Rodrigo Vernaschi- Administrador
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Re: [História Finalizada]O Mistério de Grethwood
Passando pra avisar que quarta que vem volto de viajem e vou ler (tudo de novo haah)
Eu tinha perdido a senha do meu email e fizeram backup no pc, aí nao lembrava o nome desse forum. Eu vi o TAXD em outro forum e pedi pra ele o site. E aviso que nao ando em comus de maker mais, pois parei (perdi Benefict e talz, desanimei).
Graças a deus eu achei esse forum de novo!
Tenho que olhar tudo pra ver oq eu disse q ia fazer e o que eu fiz O.O
Eu tinha perdido a senha do meu email e fizeram backup no pc, aí nao lembrava o nome desse forum. Eu vi o TAXD em outro forum e pedi pra ele o site. E aviso que nao ando em comus de maker mais, pois parei (perdi Benefict e talz, desanimei).
Graças a deus eu achei esse forum de novo!
Tenho que olhar tudo pra ver oq eu disse q ia fazer e o que eu fiz O.O
Memories- Iniciante
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